Ruptura: O Explosivo Final da 2ª Temporada – Todos os Detalhes do Episódio 10

No emocionante final da 2ª temporada de Ruptura, Mark e seus colegas enfrentam dilemas sombrios da Lumon. Revelações impactantes definem o futuro dos personagens, enquanto Mark faz uma escolha surpreendente entre amor e dever, definindo a trama para a próxima temporada.

Resumo: No eletrizante episódio final da 2ª temporada de Ruptura (Severance), Mark e seus colegas enfrentam escolhas de vida ou morte enquanto segredos sombrios da Lumon vêm à tona. Vamos dissecar cena a cena todas as reviravoltas e revelações chocantes de “Cold Harbor”, e entender como esse desfecho impacta os personagens e prepara o terreno para a 3ª temporada. Pegue seu crachá e venha comigo nesta análise completa do season finale!


Um desfecho de tirar o fôlego para os funcionários da Lumon

Confesso que ainda estou processando tudo o que rolou no episódio 10 da segunda temporada de Ruptura. Como fã de carteirinha da série, vivi cada minuto desse final com o coração na mão e os olhos vidrados na tela. Neste post, vou contar em primeira mão tudo o que aconteceu de real nesse episódio – sem enrolação e sem misturar fatos de capítulos anteriores que não importam agora. Então pode vir sem medo: aqui é spoiler na medida certa, focado só no gran finale da temporada e no que ele significa para o futuro. Preparados? Vamos lá!


A missão de resgatar Gemma e o dilema de Mark S.

O episódio começa exatamente do ponto em que paramos no anterior. Mark S. (a versão “innie” do Mark, dentro da Lumon) está com Harmony Cobel e Devon (a irmã do Mark “outie”) planejando resgatar Gemma, a esposa de Mark do mundo externo que descobrimos estar viva nos porões da Lumon . Mark S., porém, não quer cooperar de imediato. Ele entende a gravidade da situação: se Gemma for resgatada e os podres da Lumon vierem a público, a empresa será fechada e todos os “innies” deixarão de existir . Ou seja, ele próprio (e seus amigos internos) literalmente morreriam, já que só existem dentro do ambiente severado. Dá pra culpá-lo por hesitar? Mark S. não quer sacrificar sua vida – e a de seus colegas – por uma mulher que o outie ama, mas que ele mal conhece .

Nesse clima tenso, Devon entrega a Mark S. uma filmadora portátil com um recado gravado pelo Mark de fora (Mark Scout) . A ideia é simples e dolorosa: os dois “Mark” precisam conversar, cada um deixando mensagens para o outro no vídeo. Mark Scout aparece pedindo desculpas por ter entrado no programa de ruptura para fugir da dor de perder Gemma, e implora que Mark S. o ajude a libertá-la . É uma interação estranhamente cordial no início, mas logo começa a azedar conforme as desconfianças surgem. Mark Scout escorrega ao mencionar Helly pelo apelido carinhoso “Heleny”, o que acende um alerta vermelho em Mark S. . (Detalhe: esse mesmo deslize ocorreu com Helena, a outie da Helly, lá no episódio 6, quando ela errou o nome da Gemma – ou seja, nada como um erro de nome pra denunciar intenções ocultas!). A conversa degringola e termina com Mark S. afirmando que não confia no seu eu de fora e que não vai ajudar a salvar Gemma daquele jeito . Clima péssimo, né?


A verdade sobre os números: Cold Harbor revelado

É então que Harmony Cobel entra em ação e solta a bomba de informação que mudou completamente a nossa compreensão da série. Ela revela a Mark S. que aqueles números estranhos que ele e o resto do time de Refinamento de Macrodados (MDR) vêm classificando desde sempre são na verdade a própria Gemma ! Isso mesmo: cada pacote de dados no computador é uma porta de entrada para a mente de Gemma, correlacionado aos chamados “Quatro Temperamentos” que o fundador Kier Eagan afirmava ter domado décadas atrás . Cobel pressiona Mark S., perguntando o que ele sente quando olha para aqueles números diariamente. Mark responde que sente coisas diferentes – às vezes tristeza, por exemplo – e Cobel completa a lista: angústia, diversão, malícia e temor . Pois é, aqueles quatro códigos (WO, FC, DR, MA) não eram aleatórios: referem-se a emoções humanas básicas (Woe/tristeza, Frolic/alegria, Dread/medo e Malice/raiva) ligadas à psique da Gemma .

Mark S. finalmente entende: os conjuntos de números que ele agrupa são os sentimentos e traços da mente de Gemma fragmentados. Cada macrodados que ele refinou com sucesso – arquivos com nomes como Sunset Park, Tumwater, Allentown, etc. – corresponde a uma nova consciência “innie” criada para Gemma . Lembra das várias salas de teste pelas quais vimos Gemma (como Ms. Casey) passar no episódio 7, cada uma com um nome de cidade? Não era coincidência: cada sala correspondia a um desses arquivos completados, ativando uma nova versão dela dentro do experimento. Mark S. revela que já concluiu 24 arquivos, e Cobel explica que Cold Harbor é o 25º e último . Ao completar esse último, Mark terá cumprido seu propósito na Lumon e “terminará seu trabalho” lá – em outras palavras, não haverá mais utilidade para ele (imagine o destino…) . Da mesma forma, Gemma terá cumprido o propósito de sua contratação – ou seja, após Cold Harbor, a Lumon planeja dar fim a ela também .

Essa revelação deixa Mark S. furioso e abalado. Ele entende que, se acabar o projeto, estará assinando a sentença de morte de Gemma e a sua própria, como innie. Revoltado, Mark S. sai esbravejando do esconderijo onde estavam (uma certa cabana de parto no perímetro da Lumon) e avisa Cobel e Devon que não vai mais ajudar – a menos que Mark Scout volte pra empresa . É praticamente um “ou ele vem aqui encarar isso, ou nada feito”. Em seguida, já vemos Mark S. determinado partindo sozinho para a sede da Lumon.

Corta para a chegada dele ao elevador do andar severado. Assim que as portas se abrem, Mark S. dá de cara com uma visão bizarra: um mural gigantesco dele mesmo concluindo o projeto Cold Harbor, observado por dezenas de funcionários (do passado e do presente) e pelos membros da família Eagan . Imagina descobrir que a empresa pintou um mural profético seu, tipo “O Escolhido”, sem você saber! Não há tempo pra processar essa loucura – Helly R. logo aparece para recebê-lo, aliviada por reencontrar o colega. Os dois correm para a sala do MDR e descobrem um cartão deixado por Seth Milchick numa estátua sinistra de Kier Eagan ali dentro, provavelmente com instruções de “façam seu trabalho” ou algo assim . Mesmo relutante, com aquele peso na consciência de que terminar Cold Harbor significa o fim dos “innies”, Mark S. retoma o trabalho no computador. Helly dá a maior força a ele – os dois têm uma conversa emocional onde ela o encoraja a fazer o que for preciso, lembrando que eles (os innies) estão juntos nessa . Essa cena partiu meu coração de leve: Helly, que passou boa parte da série lutando contra as imposições da sua versão externa, agora aceita um sacrifício pessoal se for para impedir algo pior com os outros. No fim, Mark S. respira fundo e começa a processar os últimos pacotes de números do Cold Harbor .


Caos na Lumon: dança, rebelião e cabras sacrificiais

Enquanto Mark e Helly estão concentrados na missão, outras peças importantes se movem. Dylan G. está vivo! Isso mesmo, nosso amado Dylan (o piadista do MDR) sobreviveu à sua dramática tentativa de renúncia no episódio 9 . (Ele tinha tentado “pedir demissão” depois que a esposa do outie dele rejeitou seu pedido de casamento – o que entendemos que, para um innie, equivale a se apagar permanentemente). Acontece que não é tão simples assim se livrar da Lumon. Vemos num flashback que Milchick interceptou Dylan no elevador e entregou a resposta do outie dele à carta de demissão. O conteúdo dessa mensagem reacende a chama em Dylan G., que desiste do suicídio corporativo e volta decidido ao MDR para ajudar os amigos . Ufa!

De volta ao presente, quando Mark S. termina de refinar o arquivo final, Helly entrega a ele um papel crucial: as instruções rabiscadas por Irving mostrando o caminho para o tal corredor preto que leva ao andar de testes . (Irving havia descoberto e desenhado isso antes – mesmo não aparecendo fisicamente nesse episódio, ele contribuiu à distância). Mark S. está pronto para iniciar o resgate de Gemma, mas eis que a Lumon nos brinda com uma sequência surreal: um show de dança no meio do caos! . Seth Milchick surge interagindo com a estátua animatrônica de Kier e em seguida lidera toda a divisão de Coreografia e Alegria (C&M) em um número musical extravagante pelos corredores . Sério, é uma cena tão doida que me peguei rindo alto – aquela vibe de humor absurdo no estilo severance puro. (Lembra do “Music Dance Experience” da primeira temporada? Aqui eles se superaram!). Mas a gente ri com nervoso, porque sabemos que essa apresentação é a maneira da Lumon tentar manter a ordem… ou distrair todo mundo.

Helly aproveita a confusão para colocar em prática um plano esperto e ajudar Mark S. a sair sem ser notado. Ela rouba o walkie-talkie de Milchick e vai até o banheiro, chamando atenção dele. Quando Milchick a segue, Helly consegue trancá-lo lá dentro – ela praticamente o prende bloqueando a porta com um vending machine, com a ajuda providencial de Dylan G., que chega bem na hora . Imaginem a cena: Milchick quase arrombando a porta, Helly segurando e Dylan empurrando uma máquina de refrigerantes pra barrar a saída. Foi de levantar do sofá aplaudindo! Com o fiel fiscal preso no banheiro, o caminho fica livre para Mark S. seguir o mapa de Irving até o elevador do andar de testes .

Enquanto isso, em outra parte do prédio, acompanhamos o sr. Drummond – que descobrimos ser um figurão da Lumon – descendo ao andar severado para ver de perto o final do Cold Harbor . Ele acessa uma sala secreta escondida atrás de uma parede, onde se depara com Lorne, a chefe da divisão de “Nutrição de Mamíferos” (a moça das cabras!), e um de seus cabritinhos preferidos no colo . Aqui finalmente entendemos aquele mistério dos animais vagando na Lumon: as cabras são usadas em rituais de sacrifício humano dentro da empresa ! Drummond pergunta a Lorne se o bode está “cheio de vigor e malícia”, ao que ela responde que sim – justamente essas palavras (“verve” e “wiles” em inglês) estavam naquelas cartinhas de vocabulário na casa da Cobel no episódio 8, o que mostra como até isso fazia parte da doutrina maluca de Kier Eagan . A crença da Lumon é que o espírito dos bodes leva a alma dos funcionários mortos até Kier . Traduzindo: antes de eliminar um funcionário que “já cumpriu sua função”, eles sacrificam um bode para completar o ritual macabro . Sinistro é pouco! Lorne, que cuida dos bichos, se recusa a matá-los porque criou apego a eles – o que nos faz pensar: quantos funcionários a Lumon já “aposentou” dessa forma? E quantos sacrifícios ainda estão por vir? 


Batalha no corredor: luta pela vida (e morte acidental)

Pois é justamente nessa sala das cabras que o caminho de Mark S. e Drummond se cruza. Mark chega arrombando a porta do elevador do andar de testes, mas seu cartão de acesso não funciona – ele está preso do lado de fora, forçando a porta sem sucesso . Drummond ouve o barulho e vai investigar. Quando percebe que Mark S. está tentando descer até Gemma, ele parte pra cima para impedi-lo . Temos então uma briga corporal intensa no corredor: Drummond, mais forte, consegue dominar Mark e começa a estrangulá-lo com as próprias mãos . Eu gelei nessa hora, vendo Mark S. ficando sem ar e quase desmaiando…

Mas Lorne resolve intervir! ❤️ Lembram que Mark e Helly deixaram uma boa impressão nela lá no episódio 3, quando encontraram as cabras? Isso plantou uma sementinha de empatia na funcionária da Lumon. No momento crítico, Lorne ataca Drummond e salva Mark S. de ser morto estrangulado . Rola um confronto feroz entre Lorne e Drummond, e pasmem: Lorne leva a melhor e derruba o grandalhão no chão. Ela está prestes a matá-lo com um tiro em vingança (quem diria que a cuidadora de cabras mandaria tão bem numa briga, não é?), mas Mark S., recuperando o fôlego, a impede . Ele tem um plano melhor: manter Drummond vivo como refém para usá-lo de passe livre até Gemma .

Mark pega o crachá mestre de Drummond – que abre qualquer porta – e o obriga a destravar a entrada do elevador secreto . Em seguida, toma a arma de Lorne e faz Drummond de escudo humano, apontando a arma para ele enquanto ambos descem pelo elevador até o andar de testes . A ideia do nosso herói é simples: chegar lá embaixo com o figurão como refém e forçar a soltura de Gemma. Só que Mark S. não contava com um detalhe: ao cruzar a barreira severada do elevador, sua consciência muda novamente! Quando o elevador desce, ele passa por uma barreira e de repente é o Mark outie que está no controle do corpo . Imagina a confusão: Mark Scout acorda ensanguentado, dentro de um elevador desconhecido, segurando uma arma e agarrando um homem ferido! 😮 O reflexo instintivo de Mark outie é o pior possível: ele aperta sem querer o gatilho, e a bala corta a garganta de Drummond . Isso mesmo, o refém acaba morto num acidente chocante. Adeus, Sr. Drummond – nem deu pra sentir pena, mas a situação complicou mais ainda.


Escolha de partir o coração: Helly ou Gemma?

Com Drummond sangrando até a morte no chão, Mark outie (todo ensopado de sangue) sai do elevador no andar de testes disposto a encontrar Gemma . Ele logo dá de cara com Cecily, a enfermeira de plantão que monitora Gemma, e exige que ela abra a sala de Cold Harbor. Cecily se recusa e foge em pânico quando vê Mark armado e coberto de sangue . Trancado do lado de fora, Mark tem uma sacada brilhante: ele percebe que as portas ali usam leitura de assinatura sanguínea para liberar acesso – e ele está coberto do sangue de Drummond, cuja “assinatura” é aceita em todas as salas de teste . Sem hesitar, Mark passa um pouco do sangue de Drummond em seu crachá (ou nas mãos, ou diretamente no sensor – confesso que pisquei nessa hora, mas o importante é que funcionou) e a porta finalmente se abre .

Lá dentro, encontramos Gemma… ou melhor, uma versão de Gemma que não o reconhece. 😢 Ela está aterrorizada, encolhida, e não faz ideia de quem é aquele homem ensanguentado falando seu nome – afinal, quem está “ativa” ali é a 25ª persona innie criada pela Lumon dentro da mente dela . O Dr. Mauer (cientista responsável) tenta impedir a fuga, dizendo a Gemma para ficar, mas Mark consegue convencê-la a vir com ele . Assim que os dois cruzam a porta e saem da sala de teste, Gemma atravessa uma barreira severada e sua versão externa retorna . O resultado? Temos finalmente a Gemma “real” de volta, e ela reconhece Mark. Gente, que reunião emocionante dos dois! Eles se abraçam ali mesmo no corredor, ambos em choque e com lágrimas nos olhos – depois de anos achando que ela estava morta, Mark Scout reencontra sua esposa viva. Foi daqueles momentos de encher os olhos d’água mesmo . Mas como Severance não nos deixa felizes por muito tempo, já dava pra sentir que algo ia dar errado na sequência…

Mark e Gemma entram no elevador de volta ao andar severado para fugir. Ao subir, eles cruzam novamente a fronteira das consciências: Mark S. volta à ativa, e Gemma reverte para Ms. Casey, sua persona innie . Por sorte, Mark S. está por dentro do plano de fuga, então continua guiando Gemma (como Ms. Casey) pelos corredores até a escada de emergênciaque leva à saída do prédio . Ali, naquela porta de emergência, está o último campo de separação: se eles cruzarem, voltarão a ser Mark e Gemma outies do lado de fora e estarão livres da Lumon . É a chance de ouro para escapar de vez!

Mark S. então faz o esperado: ele implora para Ms. Casey atravessar a porta e fugir. Gemma (como innie) obedece e passa pela porta, sendo liberada para o mundo exterior – onde imediatamente volta a ser Gemma outie, livre . Só que, na hora que Gemma tenta puxar Mark S. para fora com ela, ele hesita e para na porta . Nesse exato momento, Helly R. aparece correndo (ela deixou Dylan cuidando de Milchick e veio atrás do Mark) e dá de cara com eles ali na saída . A presença de Helly faz Mark S. lembrar de tudo o que eles passaram juntos – e principalmente do que sentem um pelo outro. Sim, meus amigos, ele está apaixonado por Helly. Em um gesto surpreendente e divisivo, Mark S. larga a mão de Gemma e decide ficar na Lumon ao lado de Helly . Gemma, confusa e arrasada, vê a porta se fechando com Mark S. e Helly juntos do lado de dentro, enquanto ela escapa sozinha para fora. Ou seja, Mark innie escolheu o amor que ele construiu dentro da empresa em vez da esposa que seu eu exterior amava. 😱 Que decisão ousada – e devastadora – para encerrar a temporada! Sem dúvida, essa escolha do Mark vai dar o que falar entre os fãs .

Eu mesmo fiquei de boca aberta: por mais que desde a primeira temporada a gente torça por Mark e Helly, nunca imaginei que o Mark innie teria coragem de se rebelar contra seu outie dessa forma. Acabamos o episódio com Helly e Mark S. fugindo pelos corredores labirínticos da Lumon, sem destino certo, mas juntos nessa nova fase de rebeldia . Que cena final insana!


Segredos sombrios revelados e implicações do experimento

Ok, antes de pirar pensando no futuro, vamos recapitular direitinho as grandes revelações deste final. A essa altura, muitas peças do quebra-cabeça se encaixaram:

• O verdadeiro propósito do projeto Cold Harbor: Foi confirmado que o Mark S. passou a temporada inteira, sem saber, criando versões “innie” da mente de Gemma . Cada arquivo refinado gerou uma nova consciência nela, expondo-a a traumas diferentes nas salas de teste. No estágio final, vimos Gemma numa sala contendo apenas o berço que ela e Mark tinham comprado quando esperavam um filho (um filho que nunca veio, pois Gemma sofreu um acidente) . Esse berço é um gatilho da memória mais dolorosa dela – lembram que o Mark, desesperado, desmontou o berço ao descobrir que não poderiam ter filhos? Pois a Lumon recriou esse cenário para testar a reação. A nova Gemma innie desmontou o berço com frieza, sem demonstrar nenhuma emoção ou lembrança . Ou seja, o experimento funcionou: eles conseguiram erradicar a dor e as memórias associadas a essa trauma dentro daquela persona de Gemma . Quando o Dr. Mauer perguntou à innie quem ela era, e ela respondeu “não sei”, ficou claro que a Lumon obteve o resultado que queria . Em outras palavras, o projeto Cold Harbor criou uma versão de Gemma completamente desprovida do sofrimento original, provando que a tecnologia de ruptura pode ser usada para eliminar memórias e emoções específicas. Isso confirma a teoria de que a Lumon busca desenvolver uma forma de remover todo o sofrimento da mente humana – embora ainda não saibamos com que intenção final (controle corporativo? “Curar” traumas em escala mundial? Poder sobre a mente das pessoas?) . De qualquer forma, é assustador.

• Destino de Gemma: Pelos planos da empresa, assim que Cold Harbor fosse concluído e a Gemma innie final não apresentasse mais vínculo emocional, ela seria descartada. Cobel deixou claro que Gemma “cumpriria seu propósito” e seria eliminada depois dos testes . Até Drummond mencionou algo a Lorne: a cabra Emile seria “enterrada junto com uma mulher querida, cujo espírito deve ser guiado até a porta de Kier” – uma referência direta a sacrificar o bode e matar Gemma em seguida, para “guiar seu espírito” . Felizmente, Graças à interferência do Mark, Gemma escapou antes que isso ocorresse . Agora ela está lá fora, viva, sabendo demais sobre a Lumon. Isso a torna uma ameaça enorme para a corporação no futuro . Aposto que a Lumon não vai deixar barato.

• Significado dos números refinados: Confirmou-se que aqueles “oceano de números” que deixavam os refinadores ansiosos eram fragmentos da mente de Gemma em forma de dados . Os funcionários do MDR precisavam categorizá-los com base em intuição e sensação justamente porque cada pacote representava emoções da Gemma (tristeza, alegria, medo, raiva) e precisava ser “domado” sem que eles soubessem o que estavam realmente fazendo . A Lumon manteve esse objetivo em segredo para não comprometer a intuição dos funcionários – ou seja, se Mark soubesse que estava literalmente futucando a psique da esposa, ele jamais teria sido tão eficiente. Aliás, faz todo sentido agora o “golpe de sorte de novato” do Mark lá no começo da série: lembra que ele, recém-chegado, conseguiu números impressionantes refinando? Isso aconteceu porque, inconscientemente, o Mark outie reconhecia padrões da mente da Gemma, sua esposa, e o Mark innie tinha uma afinidade natural com aqueles dados . Ele era o único capaz de completar Cold Harbor, e Kier Eagan aparentemente já previa isso (daí o mural com Mark como escolhido).

• O ritual dos bodes: Finalmente obtivemos uma explicação macabra para as cabras na Lumon. A empresa desenvolveu uma espécie de culto interno onde cada funcionário que “cumpre sua função” (leia-se: virou um risco ou completou seu propósito) é sacrificado, e um bode é morto em ritual simultâneo para levar sua alma até Kier Eagan . Bizarro e mórbido, mas encaixa com a vibe de seita que a Lumon sempre teve. Lorne, a funcionária que cuidava dos animais, não aguentava mais essa prática e por isso escondia os bichos para não serem mortos . Graças a isso, Emile, o bodezinho que aparecia nesse episódio, acabou sendo salvo pela confusão que Mark causou – Mark interrompeu o sacrifício que ia guiar o espírito de Gemma, então Emile não precisou ser morto . Mas fica aquele arrepio: será que num futuro veremos a Lumon completar algum sacrifício? Espero que não (protejam as cabrinhas!). De todo modo, esse elemento reforça o quão doentia é a cultura da Lumon, misturando crença mística com ciência, e nos faz perguntar quantas atrocidades já não foram cometidas nos bastidores dessa empresa.

• Consequências para Milchick: Nosso gerente sorridente teve um dia infernal. Ele falhou feio em conter o caos – Helly e Dylan literalmente deram um balão nele (ou melhor, um vending machine 😅). O episódio sugere que o futuro de Milchick na Lumon está por um triz: depois desse desastre, a empresa pode muito bem culpá-lo e descartá-lo na próxima temporada . Por outro lado, existe a possibilidade de ele até ser promovido, ocupando o cargo deixado por Drummond . Afinal, Milchick tem conexões e liberdade no mundo externo (diferente de outros funcionários severados), o que pode ser útil se a Lumon quiser caçar Gemma e outros dissidentes fora da empresa . Eu, pessoalmente, não sei se torço para ele levar um pé na bunda ou se espero vê-lo ainda mais obcecado tentando remediar a bagunça – de qualquer forma, Milchick deve vir com sangue nos olhos depois dessa.

• A mudança visual nos créditos finais: Você reparou que nos segundos finais, os créditos apareceram na cor vermelha em vez do tradicional preto? Isso não foi à toa. Ao longo da série, a paleta de cores sempre foi carregada de simbolismos: o mundo dos innies era associado à cor azul (representando a falta de controle deles sobre a própria vida), enquanto os outies apareciam em tons de vermelho, simbolizando maior liberdade e domínio de si . Pois no fim deste episódio, após a decisão radical do Mark S. de se rebelar contra seu outie e afirmar sua própria existência, temos uma inversão de poder. Agora são os innies que estão, pela primeira vez, tomando as rédeas do destino, enquanto os outies se tornam reféns dessa nova dinâmica . Os créditos em vermelho ressaltam essa troca de papéis e sinalizam que entramos em um novo estágio da história . É praticamente um aviso de que a próxima temporada vai explorar um cenário bem mais sombrio e caótico, com os valores invertidos. Como fã, eu achei genial esse detalhe visual para marcar a virada.


O que esperar da 3ª temporada? (Sem teorias malucas, prometo!)

Depois de um final desses, a cabeça fica a mil imaginando os rumos da história. Embora eu evite especulações mirabolantes, é impossível não pensar em algumas perguntas que ficaram em aberto para a 3ª temporada :

• Mark S. e Helly agora são fugitivos dentro da Lumon. Pra onde eles foram exatamente quando saíram correndo? Eles não podem simplesmente sair pela porta da frente, senão seus outies retomam o controle. Ou seja, eles estão presos no labirinto da empresa. Com Cobel fora do radar e Milchick possivelmente fora de combate temporariamente, a Lumon deve mobilizar todos os recursos para caçar os dois lá dentro . Será um jogo de gato e rato nos corredores? Tensão pura!

• Gemma está livre do prédio, mas sozinha. Será que ela vai conseguir ajuda? Uma aposta forte: ela deve procurar Devon (cunhada dela) e Ricken, pessoas de confiança do Mark no mundo real . Gemma sabe que Mark S. ficou para trás por escolha própria, mas provavelmente a Gemma outie não entende o porquê. Imagino ela unindo forças com Devon para tentar resgatar Mark de algum modo, ou expor a Lumon publicamente. Gemma também precisa de ajuda para se recuperar de tudo que passou – talvez a misteriosa Reghabi (lembra dela na 1ª temporada, a ex-funcionária rebelde?) reapareça para auxiliar Gemma a se reintegrar e a lidar com as memórias bagunçadas .

• Harmony Cobel, qual é a tua? A ex-chefe demonstrou ter planos próprios ao ajudar Mark S. e Devon nesse resgate, mas nunca fica claro se ela faz isso por devoção cega a Kier, por querer derrubar a atual gestão da Lumon (Jame Eagan), ou algum outro motivo. Depois do caos, Cobel simplesmente sumiu de cena neste episódio final. Qual será o fim de jogo da Cobel? Ela pode tanto voltar a se aliar à Lumon para caçar os desertores, quanto agir por conta própria, talvez tentando assumir o controle da empresa ou completar ela mesma algum “Grand Agendum” de Kier.

• Jame Eagan e a cúpula da Lumon: O CEO da Lumon (neto ou bisneto do fundador) apareceu monitorando os experimentos da Gemma na sala de controle, e com certeza não vai ficar nada satisfeito com o desfecho. Como ele vai lidar com a fuga de uma cobaia valiosa e a rebelião no severed floor? Essa crise pode estremecer a liderança dele. Será que Jame vai intensificar os métodos ou até sair das sombras para enfrentar os protagonistas diretamente? E aquela fala enigmática do animatrônico de Kier Eagan após Mark concluir Cold Harbor mencionando um tal “Grand Agendum” não sai da minha cabeça – indica que existe um plano maior em curso além do que já vimos . A 3ª temporada deve revelar o que é esse Grande Agenda (seria a expansão do programa de ruptura para toda a sociedade? Ou algo relacionado a imortalidade de Kier, clonagem de consciências? Mistério!).

• O destino de Irving e Burt: Nossos queridos senhores tiveram pouco tempo de tela nessa finale (Irving praticamente só contribuiu com o mapa, e Burt nem apareceu). Ficou em aberto se Irving, do lado de fora, foi atrás de Burt após descobrir onde ele mora. Será que eles irão se reencontrar? E se sim, como o relacionamento dos dois – um ex-funcionário devoto e um pensionista talvez em paz – se encaixa nessa confusão toda? Os fãs (eu incluso) querem ver Irv e Burt felizes, mas em Severance nada vem fácil. Aposto que a história deles volta com força, talvez se envolvendo na luta contra a Lumon ao lado de Devon/Gemma.

• Dylan e a galera da C&M: Não podemos esquecer que Dylan, juntamente com os funcionários do setor de Coreografia e Alegria, se rebelaram ajudando Helly. A Lumon certamente vai retaliar. Se Milchick continuar na empresa, ele vai querer vingança. Mesmo que não, o novo “capataz” que vier não terá piedade. Torço para que o Dylan outie (agora que sabe que a esposa o largou) resolva apoiar seu innie e se junte à briga contra a Lumon externamente. Ele merece reencontrar os amigos – e dar uns belos tapas em quem for preciso por justiça.

Ufa! Muita coisa pela frente, né? 😅 O criador Dan Erickson já disse que sabe para onde a história caminha e até imagina a cena final da série, e quantas temporadas precisaria para chegar lá . Então confio que todas essas perguntas serão respondidas no tempo certo. Só nos resta segurar a ansiedade (de novo!) e esperar pela confirmação oficial da 3ª temporada.

Por enquanto, a Apple TV+ ainda não anunciou oficialmente a renovação, mas convenhamos: é questão de “quando”, não “se” . Ruptura se tornou um fenômeno; essa segunda temporada foi ainda mais popular que a primeira, chegando a superar Ted Lasso em hype . Com tanto buzz e um gancho desses, seria loucura não continuar. Então vamos ficar de olho nas notícias – aposto que em breve teremos a confirmação e, quem sabe, não precisemos esperar mais três anos desta vez, né?

E você, o que achou desse final destruidor de Ruptura? Eu adorei cada detalhe – mesmo aquele gosto agridoce de ver o Mark abrir mão da sua antiga vida por um amor novo e incerto. Achei corajoso, coerente com a jornada do personagem e um prato cheio para a próxima fase da trama. As respostas sobre Cold Harbor foram satisfatórias e ao mesmo tempo abriram caminho para mistérios ainda maiores. Que série corajosa em subverter as expectativas! Agora só nos resta teorizar (moderadamente 😜) e aguardar pelos próximos capítulos dessa história instigante.

Até a próxima, e não deixem de comentar suas teorias e impressões! Nos vemos na terceira temporada de Ruptura – porque eu estarei aqui firme e forte para dissecar tudo de novo, pode apostar. 😉

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Autor: Franklin Couto

Jornalista e repórter com alma de cronista digital. Escrevo para blogs desde 2010, e essa estrada me preparou para transitar entre tecnologia, cultura e histórias. Aqui no blog e no podcast, mantenho uma conversa direta e próxima com quem me lê, me ouve ou me assiste, costurando notícias, opinião e bastidores — sempre com olhar investigativo, curiosidade e muito rigor jornalístico.

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