Chespirito: Sem Querer Querendo — o lado B do gênio por trás do Chaves finalmente chegou às telas
por: Franklin Couto — publicado em 13/07/2025 às 23h45
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Uma nova série da Max mergulha na mente (e nos bastidores) de Roberto Gómez Bolaños, o eterno Chaves. Mas será que vale mesmo a pena? Eu assisti e te conto.
Se tem uma coisa que mexe com a memória afetiva de todo mundo é Chaves.
Mas dessa vez não é o menino do barril que rouba a cena, e sim seu criador: Roberto Gómez Bolaños.
A série se chama Chespirito: Sem Querer Querendo e foi lançada pela Max (sim, a antiga HBO Max) no dia 5 de junho. São 8 episódios no total, liberados um por semana, sempre às quintas-feiras.
Eu comecei a assistir achando que ia ver só mais uma homenagem cheia de nostalgia, mas a proposta é muito maior: é uma biografia dramatizada e ousada, que mostra os altos e baixos da vida de Bolaños — incluindo tretas, paixões, bastidores pesados da TV e os processos criativos por trás dos personagens que marcaram gerações.
A infância de Bolaños e o começo da virada
A série começa lá atrás, quando o pequeno Roberto ainda era um menino criativo, tímido e cercado por livros.
O roteiro mostra como ele passou de um publicitário frustrado a um dos nomes mais importantes da televisão latino-americana.
E o que me chamou atenção é que nada é romantizado.
Os episódios encaram a vida real com todas as suas contradições — inclusive as de Chespirito.
A criação dos personagens e os bastidores das gravações
Você vai ver o nascimento de personagens como Chapolin Colorado, Dr. Chapatin e claro, Chaves.
Mas o melhor mesmo são os bastidores: as brigas entre os atores, a pressão das emissoras, os dilemas morais e até as consequências da fama.
É tudo muito bem produzido: figurinos impecáveis, ambientação das décadas de 60, 70 e 80 feita com carinho e cuidado. Dá pra sentir o clima da velha Televisa, os corredores da TV, o caos e o gênio criativo tentando sobreviver.
Elenco e participações especiais
Pablo Cruz Guerrero segura a barra como Roberto Bolaños — e entrega um trabalho respeitoso, sem virar caricatura.
Bárbara López interpreta Margarita Ruiz, uma versão ficcional de Florinda Meza, e… sim, já dá pra sentir as faíscas do romance polêmico.
Paola Montes de Oca, orientada pela própria María Antonieta de las Nieves, revive a jovem Chiquinha com uma energia encantadora.
E tem participação especial de Édgar Vivar, o eterno Senhor Barriga. O cara volta pra série que ajudou a criar — e isso emociona.
As ausências e polêmicas
Nem tudo são flores.
Carlos Villagrán (Quico) não liberou os direitos de imagem e não participou da produção.
Seu personagem aparece com o nome fictício de Marcos Barragán.
Florinda Meza, viúva de Bolaños, também reclamou da produção, e por isso a personagem inspirada nela teve o nome alterado. Mas, no fim, houve um acordo.
Vale a pena assistir?
Pra quem ama Chaves, é um presente.
Pra quem quer conhecer o criador, é um mergulho humano, intenso e às vezes desconcertante.
A série emociona, mas também provoca. Mostra o gênio, mas também o homem. E como todo ser humano, ele teve erros, acertos e escolhas difíceis.
Não é só uma homenagem, é um acerto de contas com a história da TV mexicana — e da nossa infância.
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